Veja dois vídeos, contando um pouquinho sobre a XII Semana de Agricultura Orgânica de Campinas.


SAOC

Com o tema “Alimento que nutre e preserva a vida”, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com instituições governamentais, não governamentais e a iniciativa privada realizou, de 6 a 9 de outubro, a XII Semana de Agricultura Orgânica de Campinas. A programação proporcionou várias discussões sobre o tema por meio de minicursos e oficinas, ofereceu a tradicional feira com os mais variados tipos de produtos orgânicos, artesanato, gastronomia, visitas técnicas que mostraram na prática como é realizada a produção, além de chamar o público a refletir também sobre a importância do consumo e das políticas públicas voltadas à agricultura orgânica. “Várias instituições se articularam para fazer com que o evento tivesse sucesso. Cada uma trouxe o que tinha de destaque para apresentarmos um bom trabalho nesses dias. E neste ano trouxemos como uma das principais novidades o fórum, que serviu para discutirmos qual será o futuro da nossa cidade orgânica, o que realmente queremos e planejamos para melhorar a nossa vida nesse sentido”, explicou José Augusto Maiorano, organizador da Semana e diretor da CATI Regional Campinas.

A abertura oficial, no dia 6de outubro, foi realizada no Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, onde uma Conferência intitulada “Afinal, que agricultura queremos?” promoveu uma reflexão sobre o tema da Semana. Para Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a intenção do evento além de ampliar uma nova opção de mercado aos produtores, trouxe também importantes discussões ao setor agrícola. “Por meio da Semana, os visitantes têm a oportunidade de conhecer, discutir e popularizar o acesso aos alimentos orgânicos e, conforme a minha última conversa e orientação junto ao governador Alckmin, esse tipo de evento inclui diversos públicos que se transformarão em novos consumidores para um setor em crescimento, que desenvolverá ainda mais a nossa agricultura paulista com qualidade de vida para todos”, ressaltou Jardim.

Entre as diversas opções oferecidas ao público, os minicursos e as oficinas, realizados ao longo da Semana, fizeram bastante sucesso, pois reuniram cerca de 200 participantes em cada dia do evento. “Muitas pessoas estão optando em já começar como produtoras de orgânicos e percebemos que ainda existe um pouco de resistência de quem trabalha de forma tradicional devido às exigências para se adaptar a esse mercado, mas o interesse em saber mais como funciona esse tipo de produção tem aumentado muito”, contou a produtora de morangos orgânicos, Maria Elisa Tassi, palestrante da Associação de Agricultura Natural de Campinas (ANC), convidada a falar sobre o processo de conversão da agricultura tradicional para a orgânica.

Para quem acompanhou boa parte dos cursos e das oficinas, a experiência garantiu ótimos resultados tanto ao currículo quanto aos futuros projetos profissionais. “Participar desse evento nos ajudou muito a pensar sobre a sustentabilidade, diante do grande leque de opções que temos na área da saúde e como vamos desenvolver a nossa atividade que é tão ligada à qualidade de vida”, afirmou Giovana Santa Rosa Cassiano, estudante de Nutrição da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Valores positivos, os quais serão somados às atividades desempenhadas por Marcelo Ewert, técnico responsável pela Casa da Agricultura de Santo Antônio de Posse. “É o terceiro ano que eu consigo vir e, para os meus trabalhos com a CATI, participar desses minicursos me ajudaram e continuam me incentivando a desenvolver melhor as atividades no campo, já que a busca pela agricultura orgânica tem aumentado em minha região”.

Entre as instituições parceiras, uma das apresentações de destaque foi “O papel das abelhas em sistemas agroecológicos de produção”, apresentada pelos pesquisadores Ricardo Costa Rodrigues de Camargo e Kátia Sampaio Malagodi Braga, do Núcleo de Agroecologia da Embrapa Meio Ambiente, de Jaguariúna. “Nós aproveitamos um espaço como esse para fazer com que as pessoas conhecessem as abelhas e passassem a protegê-las também, pois elas trazem inúmeros benefícios ao ecossistema, à manutenção da agricultura e preservação do meio ambiente”, explicou Ricardo.

Além de outros importantes temas abordados durante a Semana, a CATI abriu ao público visitas à Fazendinha Feliz do Centro de Convivência Infantil, que realizou uma feira orgânica com a parceria educativa da Oficina Agrícola do Hospital Cândido Ferreira. “É ótimo prestigiarmos o trabalho dos nossos colegas que organizaram esse espaço e, além disso, tivemos a oportunidade de comprar produtos frescos”, disse Silvana Cristina Cuchi, diretora do Centro Administrativo da CATI, que garantiu a compra de hortaliças durante a feira.

No dia 8 de outubro, dois sítios, um em Campinas e o outro localizado em Amparo, receberam visitas durante todo o dia e mostraram na prática como funciona a produção orgânica. E no último dia, 9 de outubro, o evento concentrou as atividades no CIS Guanabara, aberto gratuitamente ao público onde foram oferecidos cursos de artesanato em palha de milho, oficinas e uma tradicional feira com os mais variados produtos orgânicos. O encerramento contou com o show “Água, Homem, Bicho, Flor”, de Ana Person.

 

Sobre a Semana de Agricultura Orgânica de Campinas

A Semana foi criada pela Lei n.° 11.230/02 e alterada pela Lei n.° 11.618/03 e emenda PL. n.° 414/04. Tem por objetivo proporcionar à sociedade um momento para refletir sobre a sustentabilidade do meio ambiente e a importância da relação da saúde humana com uma alimentação saudável, por meio de diversas atividades gratuitas voltadas tanto aos produtores rurais quanto à população em geral, interessada no assunto.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), promover a qualidade de vida com proteção ao meio ambiente é o objetivo da produção orgânica vegetal e animal. Sua principal característica é não utilizar agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente. Para ser considerado orgânico, o processo produtivo contempla o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações sociais e culturais.

Boletim Cati on line: Edição 398, 16 de outubro de 2015

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O que rolou na XII Semana de Agricultura Orgânica de Campinas